Auriculoterapia é uma ciência milenar, onde seus resultados são incríveis, sem contraindicações e sem traumas aos pacientes.
Inspirada na terapia milenar chinesa, a auriculoterapia tem sido importante aliada da medicina brasileira. Embora possa utilizar agulhas, não causa nenhum desconforto.
Pelo contrário, alivia dores do corpo e da alma, sem efeito colateral nem dependência química. E está bem ao alcance de todos.
A auriculoterapia é baseada na análise da parte externa da orelha, que representa os órgãos do corpo humano. Após o diagnóstico – realizado por meio da anamnese (conversa com o paciente) e da análise visual e tátil –, o terapeuta aplica na orelha do paciente agulhas (na terapia francesa) ou sementes de mostarda e outros (na terapia chinesa). “Os efeitos são semelhantes para a saúde do paciente, equilibrando as energias e tratando as doenças”.
O tratamento não tem contraindicações. “Do bebê ao idoso, todos podem se tratar”, a auriculoterapia é um dos ramos da acupuntura destinado ao tratamento das enfermidades físicas e mentais por meio de estímulos nos pontos nervosos da orelha. “Não há um perfil específico de paciente, pois a técnica pode atender diversas doenças”, acrescenta.
A terapia dura até dez sessões, sendo uma por semana. No modelo francês, as agulhas/sementes permanecem na orelha do paciente por 30 minutos, até serem retiradas pelo terapeuta; na chinesa, as sementes em adesivos podem permanecer os sete dias, e podem cair sozinhas ou tiradas pelo próprio usuário.
Ansiedade e depressão
A terapia é recomendada para diversos males. “É uma terapia curativa e que também pode ser preventiva”, acrescenta, para ressaltar que a maior demanda é devida a problemas emocionais, como crises de ansiedade, estresse, depressão e outros – além dos quadros de dores. “Quase 90% (dos pacientes) se enquadram nesse tipo de queixa”, enumera.
Uma paciente que há dois anos iniciou o tratamento de auriculoterapia, encontrou na terapia um alívio para a ansiedade. “Faço de seis em seis meses”, conta a comerciante de 52 anos. “Minha respiração era muito acelerada e o coração batia em frequência muito maior”, revela, sem saudades do tempo em que utilizava ansiolítico para combater o transtorno.
Segundo a comerciante, os efeitos da auriculoterapia foram imediatos. “Senti, na primeira vez, mais tranquilidade”.
A necessidade de combater a ansiedade também foi decisiva para a enfermeira Polyanna Alves dos Santos, 34, buscar apoio na auriculoterapia. Até porque o tratamento está muito próximo dela, que trabalha no setor administrativo do Cremic. “Depois que vim pra cá, passei a conhecer o dia a dia e ver a evolução dos pacientes; por isso, resolvi me tratar também”, conta. “Neste momento, estou fazendo (a terapia) porque minha mãe vai fazer uma cirurgia e estou muito ansiosa”, comentou.
Em meio à média mensal de 800 atendimentos apenas na auriculoterapia, Mara e Polyana são exemplos da confiança dos pacientes no tratamento, reforçada também pela enfermeira e acupuntirista, Andréia.
“(A auriculoterapia) traz equilíbrio energético ao organismo”, resume, ao informar que, em geral, após as dez sessões, o paciente recebe alta. “Mas sempre que surge outro problema, os pacientes sempre voltam; às vezes, apenas em busca de prevenção”.
A simplicidade e eficácia do tratamento e o ambiente do Cremic, onde uma gostosa serenidade paira no ar, pode explicar esse comportamento.
– Baseada nos preceitos da Medicina Tradicional Chinesa, a auriculoterapia surgiu com as pesquisas do médico francês Paul Nogier, no século 20. Ele sistematizou um mapa auricular semelhante a um feto invertido, a partir das respostas fisiológicas sistêmicas, ao estimular áreas da aurícula externa.
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